As notícias de uma provável extinção da Unidade Regional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no Rio Grande do Sul preocupam a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (FECAM-RS). A entidade que representa os caminhoneiros reconhece que a ANTT tenha a necessidade de abrir unidades em outras regiões do Brasil, como vem sendo exposto, mas salienta que o Rio Grande do Sul representa uma das principais rotas de transporte de cargas e passageiros no país, além de ter a maioria dos postos de fronteira (36,6%).
Segundo André Costa, Presidente da FECAM-RS, a possibilidade de trocar a unidade para Santa Catarina não parece ter embasamento, visto que o Estado representa muito menos em malha rodoviária e ferroviária. Ele também salienta a importância do trabalho de fiscalização da ANTT, o que garante a segurança dos transportadores autônomos de cargas.
“O trabalho de quem dirige pelo Estado depende também da eficiência da Unidade Regional e que ela esteja próxima e acessível. Ainda não temos nenhuma justificativa relevante para essa mudança, que com certeza vai afetar a segurança nas rodovias”, explica André Costa. Ainda de acordo com ele, a expectativa é de que a ANTT apresente estudos técnicos e relevantes para debater o assunto, e não que a decisão seja tomada isoladamente e sem levar em consideração todas as categorias da sociedade que serão afetadas por qualquer mudança, incluindo os transportadores.